Hoje não quero falar.
O silêncio da alma já lança de si vozerio infernal. Basta!
Hoje não quero ouvir.
O que tens a proferir equivale ao breve elogio fúnebre da inscrição sepulcral. Chega!
Hoje , só desejo o papel e a pena que,
De rabisco em rabisco, é capaz de fazer aquele desenho...
O retrato calado do meu espírito emudecido.
Oxalá minha mudez te seja eloquente!
Hoje, em meio ao silêncio gritante
Quero apenas fitar os olhos teus;
Erguer minha mão, fazer-te um doce aceno...
E tu hás de me dizer:
será um olá ou um adeus?
2 comentários:
Andréia
Estou eu aqui com o meu carinho agradecendo a sua visita e as palavras lindas que me deixou.
Beijo do ZÉ
Os olhos dirão, sem palavras. Não precisa dizer, ouvir, ou escrever.
Bjs.
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