CALA-TE!


CALA-TE:
Porque agora eu vou falar!
CALA-TE:
Porque tua voz soa como uma “tortura chinesa” para meus tímpanos!
CALA-TE:
Porque falaste pouco o que deverias e rasgaste o verbo para ferir e depreciar!
CALA-TE:
Porque tua “boca fala daquilo que teu coração está cheio”! E o teu coração é um poço fundo de recalques e amarguras!
CALA-TE:
Porque teu tempo esgotou-se e tu nem pecebeste!
CALA-TE:
Porque meu tempo é agora! O “agora” no qual tu nunca creste!…
CALA-TE:
Recolhe-te ao silêncio da tua insignificância, pois se não sabes, com a língua edificar, para que falar? Então cala-te!
CALA-TE! BASTA!
Que se cale até o teu silêncio, o teu olhar, a tua presença! Quiçá a tua mudez seja mais eloqüente?!
CALA-TE:
Cala-te num silêncio sepulcral: junta-te aos teus iguais!
CALA-TE:
Para a minha sobrevivência!
(Andréia Jacomelli)

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